Nada se compara a emoção vivida nesses dias, nunca imaginei ver tanta gente de fé. Quando cheguei na missa de abertura, percebi que não seria apenas um evento. Pra onde eu olhava via pessoas iguais a mim, sussurrando às mesmas palavras em uma língua diferente. Parecia Pentecostes. Ali, todo sofrimento era aliviado e a alegria multiplicada. Era tanta gente irradiando amor, fé e felicidade, que me sentia pequena.
Agradeço sempre a Deus pela família que tenho e principalmente pelas união que tenho com minhas irmãs. Confesso que não achei que me acompanhariam nessa jornada, mas foi algotão forte que não conseguimos ficar paradas. Taís me acompanhou em tudo e me deu forças em todos os momentos de cansaço. Foi muito bom ajudar.
Confesso também estar ansiosa pela vigília, que superou minhas expectativas! Era gente que não acabava mais! Era muita energia boa ali, muito respeito e amor ao próximo. Meus pés doíam de caminhar tanto esses dias, mas eu olhava pro lado e via gente com mochilas enormes, com barracas e sacos de dormir, rezando e louvando que me contagiavam. Todos falávamos a mesma língua.
A vigília foi emocionante. Às vezes eu me sentia tão só e vazia, mas lá me senti completamente cheia. Me esqueci que a coisa mais importante eu tenho do meu lado e com Ele, não preciso de mais nada. Nesse dia me senti acolhida por um grupo que nos cedeu um pequeno pedaço de areia e cuidou de nós como se fôssemos um grupo só, "tahitianos".
No dia seguinte consegui ver o papa Francisco tão de perto! Realização pura, rs. A missa foi tão bonita, me senti completa, um sentimento tão forte, constante. Preciso disso pra sempre.
Parece que 2013 foi onde tudo veio ao chão, mas logo tomou forma.
Aos 21 anos, só tenho uma certeza:
